Problemas financeiros, jornada de trabalho excessiva, pressão estética, discriminação e sobrecarga doméstica são algumas das causas de adoecimento mental das brasileiras hoje.
Um levantamento feito pela ONG Think Olga, voltado a questões da saúde mental feminina, mostrou um panorama com as perspectivas de 1078 brasileiras entrevistadas, onde 45% delas receberam um diagnóstico de ansiedade, depressão ou algum tipo de transtorno mental.
Os âmbitos financeiro e profissional, são algumas das áreas de maior incômodo para as mulheres. Hoje, 30% gostaria de mudar de trabalho e 60% querem mudar sua situação financeira. Isso mostra como a remuneração baixa e sobrecarga profissional estão impactando as brasileiras.
A insatisfação com salários baixos e menores que os dos homens impactam a vida e a saúde mental das mulheres. Enquanto uma brasileira recebe, em média, 78% do salário de um homem na mesma função, a desigualdade financeira continua prejudicando a saúde mental feminina. Entre as entrevistadas pela Think Olga, pelo menos 38% são as principais ou únicas provedoras do seu lar.
Segundo Maíra Liguori, diretora da ONG, “Este aspecto da vida, o aspecto profissional, é estruturante não apenas da saúde mental, mas também da localização social desta mulher”.
Os principais motivos pela insatisfação dessas mulheres, são:
remuneração baixa (32%);
sobrecarga de trabalho doméstico (22%);
falta de reconhecimento (21%);
jornada de trabalho excessiva (20%)
falta de plano de carreira (19%);
pressão e competitividade no ambiente corporativo (14%).
Além disso, 11% têm medo de serem demitidas.
Este levantamento da ONG Think Olga nos mostra a necessidade urgente de criar ambientes de trabalho mais saudáveis e sustentáveis, onde as mulheres possam prosperar sem sacrificar sua saúde mental. Além de suporte adequado para aquelas que desejam mudar de carreira e melhorar sua situação financeira.
A mudança é necessária e urgente. É essencial que, como sociedade, reconheçamos o impacto profundo que a sobrecarga profissional e a remuneração inadequada têm sobre a saúde mental das mulheres. Devemos nos comprometer a criar um futuro onde todas as mulheres tenham a oportunidade de alcançar um equilíbrio saudável entre suas vidas profissionais e pessoais, promovendo uma vida mais plena e satisfatória.
Esses números mostram que a busca por remuneração justa e condições de trabalho dignas é essencial não apenas para a estabilidade financeira, mas também para a saúde mental. As mulheres enfrentam uma batalha constante para equilibrar suas responsabilidades profissionais e pessoais, muitas vezes em detrimento de seu bem-estar.
Se você se identifica com essa realidade, saiba que não está sozinha. Compartilhe sua história nos comentários e vamos construir um ambiente mais saudável e justo para todas!
Fonte: Forbes
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